Cérebros do futuro

Ao longo dos últimos 100 anos, a neurociência descobriu uma série de coisas sobre a cabeça de um ser humano. Esses achados deram nova esperança para o tratamento de doenças neurológicas e, para o cientista brasileiro Miguel Nicolelis, são a base de uma revolução que está por vir. Saiba por quê:

  Antigamente, os cientistas acreditavam que o cérebro funcionava como uma montadora de automóveis: cada parte fazendo a sua tarefa. Também consideravam que o neurônio era uma espécie de átomo do sistema.

Com o passar do tempo, os neurocientistas perceberam que as tarefas mentais são conduzidas pelo conjunto de neurônios que se organizam em harmonia como em uma orquestra.

Para verificar até que ponto o cérebro era capaz de aprender, Miguel Nicolelis tentou algo inusitado: fez com que um macaco movesse, voluntariamente, um braço mecânico que estava a mil quilômetros de distância. Depois de ler os sinais mentais do primata, um sistema decodificou as instruções para o equipamento.

Pense por exemplo, na possibilidade de "sentir" o terreno de um planeta distante, apenas incorporando os sensores, que estarão em robôs, à sua mente. A evolução também permitirá o que Nicolelis chama de Brain Net, uma internet que funciona só com o poder do pensamento.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE